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LA MI RÉ

No silêncio do som... as notas que ficam...

No silêncio do som... as notas que ficam...

LA MI RÉ

13
Nov07

Temporada Gulbenkian de Música - 15 e 16 Novembro

lamire
Grande Auditório

Quinta, 15 de Novembro, 21.00

Sexta, 16 de Novembro, 19.00

Coro Gulbenkian

Orquestra Gulbenkian

Michel Corboz Maestro

Michèle Crider Soprano

Bernarda Fink Meio-Soprano

Vsevolod Grivnov Tenor

Peter Lika Baixo

Giuseppe Verdi

Requiem

O Requiem de Verdi tem tido em Lisboa execuções absolutamente inesquecíveis. Por cá passaram, de facto, como intérpretes desta luminosa e apavorada partitura, algumas das mais imponentes vozes da segunda metade do século XX. A Fundação Gulbenkian, que tem promovido algumas das mais importantes execuções da obra no nosso país, oferece com os presentes concertos uma verdadeira “prenda” aos mais dependentes de vocalidades. Em primeiro lugar, assinalará a estreia no nosso país de uma das mais famosas sopranos da actualidade: Michèle Crider. Esta cantora nascida em Buenos Aires pode ser considerada como a intérprete ideal do repertório de soprano lirico spinto, aquela categoria que surge entre o soprano lírico e o soprano dramático, isto é, capaz de sustentar grandes linhas impregnadas de lirismo, que obrigam a um legato inquebrantável, e ao mesmo tempo preparar-se para, a qualquer altura, descer até às regiões infernais do soprano dramático. Os papeis com que Michèle Crider se tem apresentado em todos os grandes teatros de ópera do mundo desde a época em que a sua carreira se elevou (os inícios dos anos 90) assim o atestam: Amélia, de Un ballo in Maschera, Elvira, de Ernani, Odabella, de Attila, Leonora, de Il Trovatore, Aida, Elisabetta de Don Carlos, Norma, Imogene de Il Pirata, Tosca,  Madama Butterfly, La Gioconda ou ainda  Santuzza, de Cavalleria Rusticana. Michèle Crider tem igualmente desenvolvido uma brilhante carreira como concertista sob a direcção de Muti, Barenboim, Mehta, Levine, Santi, von Dohnanyi, Bychkov, Ozawa, Chailly e Davis. De entre várias gravações em que participou, relevem-se as suas interpretações de Amélia, de Un Ballo in Maschera, a Elena e a Margherita de Mefistofele, e a parte de soprano de Requiem de Verdi, esta última gravação sob a direcção de Richard Hickox e com a Orquestra Sinfónica de Londres.

Mas nem só de soprano vive o Requiem, seria caso para afirmar, mas nenhum outro Requiem confere esta importância absoluta ao soprano, confiando-lhe o enorme “Libera Me” final, as páginas onde Verdi verteu todos os seus terrores e onde a carga expressiva, a par com a dificuldade vocal, aumenta exponencialmente.

De qualquer modo, teremos, ao lado de Michèle Crider, um elenco verdadeiramente de luxo. Como executante da parte de contralto, a consagrada Bernarda Fink, meio-soprano que se tem evidenciado nos últimos anos pela plasticidade de uma voz que lhe tem permitido ingressar triunfalmente nos mais variados repertórios e estilos. Esta incomum versatilidade permitiu-lhe gravar e apresentar ao vivo um vasto leque de obras, desde recitais de Lied às grandes Paixões de Bach. Monteverdi, Handel, Bach, Rameau, Hasse, Haydn, Schubert, Dvorak, Brahms, Berlioz, Ravel, Rossini, Bruckner e Schumann são outros dos muitos compositores por cuja obra tem deambulado. Em ópera tem escolhido fundamentalmente o repertório pré-romântico (Haendel, Mozart, Gluck), mas obteve triunfos com a sua interpretação de Tancredi. Neste Requiem colaborará ainda o jovem tenor russo Vsevolov Grivnov, que iniciou há pouco uma carreira que o tem levado desde o Scala de Milão aos estúdios de gravação (assinale-se que gravou O Rouxinol, de Stravinsky, com Natalie Dessay,  sob a direcção de James Conlon). Apresentar-se-á também o baixo alemão Peter Lika, cantor igualmente consagrado, que já actuou sob a direcção de Celibidache, Kubelic, Masur, Norrington, Viotti, Gardiner, Cambreling, Janowski e Gielen. Peter Lika domina também um repertório invulgarmente vasto, que se estende de Monteverdi e  Bach, até Penderecki e Heinze, passando por  Mozart, Haydn, Beethoven, Mendelssohn, Stravinsky,  Schönberg. Aqui terá de cantar o “Confutatis maledictis”, o trecho mais dogmático e negro de toda esta luminosíssima obra.

O público que tem acompanhado ao longo dos anos a vida musical da Fundação Gulbenkian sabe que Michel Corboz, que será o maestro, saberá como poucos transmitir a luminosidade que impregna todo este Requiem.

José Luís Figueira

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